Em 1911, a White Star Line lançou o RMS Titanic com a ambição de torná-lo não apenas o navio mais luxuoso, mas também o mais seguro de sua época. Contudo, foi a trágica viagem inaugural que eternizou o navio na história. Partindo de Southampton, Inglaterra, em 10 de abril de 1912, com destino a Nova York, o Titanic colidiu com um iceberg na noite de 14 de abril, resultando em um naufrágio completo em 15 de abril, levando consigo mais de 1.500 vidas. Esta narrativa épica foi recriada no sucesso cinematográfico de 1997, laureado com o Oscar, impactando significativamente os padrões de segurança e legislação marítima.
O pagamento do seguro da embarcação ocorreu 30 dias após o acidente, totalizando 1 milhão de libras em valores da época. No entanto, é notável que não havia qualquer cobertura para os passageiros. A humanidade das vítimas não ficou desamparada graças à iniciativa de um diretor da Cruz Vermelha americana, que estabeleceu um fundo de amparo, arrecadando U$ 161,6 mil na época, equivalente a aproximadamente 4,2 milhões de dólares nos dias atuais.
Entre os passageiros que possuíam seguro individual, a apólice mais substancial era a de um empresário americano, cobrindo US$ 50 mil em 1912. Além das vidas humanas, o Titanic transportava valiosas obras de arte e objetos pessoais.
O risco envolvido era monumental, e o seguro abrangeu um consórcio de aproximadamente setenta companhias, incluindo a notável alemã Allianz, que se destacava por sua nacionalidade em comparação com as predominantemente britânicas.
Concomitantemente ao destino trágico do grande navio, estima-se que as indenizações pagas na época totalizaram cerca de 12 milhões de dólares, equivalente, nos dias de hoje, a impressionantes 278 milhões de dólares americanos. O episódio do Titanic reverbera como um marco que moldou os rumos do seguro marítimo, redefinindo a abordagem global em relação à segurança e responsabilidade em viagens oceânicas.